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sábado, 18 de janeiro de 2014

[CRÍTICA] - Ela


Em um futuro não muito distante, o escritor solitário Theodore (Phoenix) compra um novo sistema operacional desenhado para atender todas as suas necessidades. Para surpresa de Theodore,  uma relação romântica começa a se desenvolver entre ele e o sistema operacional.


Por: Tibério Lamboglia.


Será uma fábula ou uma profecia sobre o comportamento do ser humano?

Theodore trabalha em uma empresa de relacionamentos e é um escritor de cartas pessoais. Ele possui em seu computador todos os dados de seus clientes, como a caligrafia, os apelidos amorosos, lembranças pessoais e etc. Ele é que mantém uma relação entre as pessoas que ele jamais viu em sua vida. Seu computador não possui teclado, tudo funciona no comando de voz. Isso é só uma pequena amostra do avanço da tecnologia nesse futuro não muito distante. Theodore é um homem muito solitário e que está enfrentando uma fase muito complicada em sua vida que é o seu divórcio. Por conta desse momento, ele vive preso na tecnologia que estar a sua volta. Quando não está no trabalho, ele passa horas e horas checando seus emails ou jogando um jogo sem controle em seu vídeo game.


 











Em algum momento, Theodore observa um anúncio de uma nova ferramenta que está disponível no mercado. A novidade é um Sistema Operacional capaz de atender e compreender os desejos do proprietário. Ao instalar o programa, Theodore começa a ter uma conversa com o seu OS que se chama, Samantha (Scarlett Johansson). O seu jeito simpático, intuitivo e prestativo consegue cativar Theodore de primeira. Logo, os dois iniciam uma amizade e que parte para um namoro, com direito a conversas na praia, nas madrugadas, passeios no parque, juras de amor e até sexo!
















Até chegar no momento ponto alto da história, que é o conflito entre pensamentos e sentimentos. Mostrar que por mais que os anos se passem e que a tecnologia tenha evoluído, o homem ainda não aprendeu a se relacionar. Seja com uma pessoa ou com um sistema operacional. Não diferente dos relacionamentos existentes, o que vale e o que fica é sempre o aprendizado e o valor.

Spike Jonze nos dar uma visão de como será o futuro que nos espera com essa incrível evolução da tecnologia, pois o filme não é apenas um romance, é uma crônica sobre o avanço tecnológico, cada vez mais nos damos melhor com pessoas via redes sociais e esquecemos de quem está a nossa volta. O que não é tão diferente hoje em dia, mas no filme chega a ser um pouco mais doloroso observar de fora da caixa a realidade em que vivemos e que estamos prestes a conhecer um dia. Mesmo sendo uma visão dolorosa é também uma visão bela e poética. Uma lição de vida para os dias de hoje para que nós não venhamos a perdermos a sensibilidade, o contato, o amor, a graça das coisas e etc. A melhor solução para isso é sentir um pouco da verdadeira solidão. Com isso a pessoa cria um outro olhar e fica mais experiente, pois não há tecnologia que faça com que o homem (falo de forma em geral) aprenda a se relacionar. O homem sempre será egoísta quando o assunto for relacionamento. É muito complicado convivermos com outra pessoa, mas não é impossível, para isso basta primeiro aprender sobre o respeito e ser tolerante com o parceiro(a). Essa é a base! Sabendo isso é quase 100% de certeza de quase tudo dar certo, mas sem ceder demais, sem dar muito espaço. Tudo tem um limite. É tudo bem complicado, mas não é impossível.

"Ela" é um lindo filme e é bem leve. São duas horas que se passam brincando. O argumento apresentado é um ponto forte do filme, pois dar para se sentar em uma mesa com os amigos e passar horas e horas debatendo sobre o filme e molhando o bico com uma cerveja bem gelada. A fotografia está de encher os olhos com as cores que nele se encontra. Cores bem vivas e vibrantes. O filme é de uma sutileza só. Melancólico e muito belo mesmo. É belo e dói... Dói de tão belo que é. Sem exageros, pois como já disse os Beatles: "all you need is love!"

O final é memorável!

Trailer:



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